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10 de agosto de 2011

Dilma: Brasil vai sair da crise mundial "melhor do que entrou"


    A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira que o Brasil está preparado para continuar crescendo mesmo ao enfrentar a crise financeira mundial e sair dela "melhor do que entrou". "Nosso posicionamento não é recessivo. Vamos preservar nossas forças produtivas, os empregos e a renda da população e, ao fazer isso, temos o combate mais eficaz à crise. Isso não elimina que utilizemos medidas e iniciativas no sentido de nos proteger do ponto de vista financeiro e cambial.", disse, no 83º Encontro Nacional da Indústria de Construção, na capital paulista.
    A empresários do setor, a presidente afirmou que a atual crise financeira é perversa, principalmente porque o Brasil não tem a "menor responsabilidade" nela. "Naquela época (em 2008) todos dos países do mundo utilizaram mecanismos para superar a situação crítica. Aplicaram recursos fiscais para salvar os bancos. Deixaram os consumidores e a população sem nenhum apoio ou resgate", disse, acrescentando que esse não será a forma do governo brasileiro de enfrentar as dificuldades. Segundo ela, o Brasil só saiu da crise de 2008porque apostou no consumo. "A saída da crise não era recessiva. Era preciso fomentar a nossa indústria. Agora temos clareza disso", disse.
    Dilma pediu empenho da área de construção e disse que a política atual do governo é correta do ponto de vista moral e ético. "Isso porque ela leva milhares de brasileiros à classe média. Temos de fornecer moradia para as classes médias emergentes deste País. Nós temos um compromisso de continuar esse processo com o Brasil sem Miséria, que busca tirar 16 milhões de brasileiros da linha de pobreza."
   Segundo a presidente, o Brasil está fazendo a sua parte, mas está nas mãos do povo brasileiro a solução dos problemas do País. "Por isso, tenho certeza que .nosso País vai ter uma trajetória sistemática de crescimento econômico. Somos capazes de resistir a este momento que estamos vivendo, que pode durar um pouco mais do que aconteceu em 2008 e 2009, por falta de liderança política. Sairemos dela melhor do que entramos. Temos coragem de enfrentar o perigo e força para criarmos oportunidades".
    Em seu discurso, Sergio Watanabe, presidente do Sindicato da Construção em São Paulo (Sinduscon-SP), afirmou que a entidade, assim como a presidente, não irá compactuar com o mal feito da política pública.
    No evento, foi anunciado que na quinta-feira será assinada uma carta de intenção com o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, para a criação de um centro tecnológico voltado ao setor. Também haverá um fundo setorial para investir na inovação do parque tecnológico e no sistema de gestão das empresas.
    Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, disse que o momento econômico de insegurança não fará o País recuar em seus projetos. "O Brasil está mais preparado do que antes para enfrentar a crise. Mas não somos imunes à crise. O Brasil navegará nesse mar turbulento e saíremos bem. O Brasil é maior do que a crise"
(Informações da JB)

Mesmo sem novo plano de estímulo, mercado recebe com otimismo manutenção de juro baixo nos EUA

     Mesmo depois de um dia negro no mercado, como foi a segunda-feira (8) com a queda de 8,08. Mas na terça-feira (9), a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) operou o dia todo de ontem na expectativa de que o Banco Central dos Estados Unidos (Fed) apresentasse, junto com a manutenção dos juros de zero, medidas que injetassem dinheiro na economia americana, como a compra de títulos da dívida pública do país.
     Tal medida não veio, mas a Bolsa passou do dia de ontem oscilando bem com a expectativa frustada, e conseguiu fechar o dia com 5,10%.
     Contudo a maior alta desde 29 de outubro de 2009, a Ibovespa  não conseguiu recuperar todas as perdas provocadas pela queda de 8,08% de segunda-feira. No mês, o índice ainda tem baixa de 13%, e, no ano, a queda é ainda maior de 26,19%. 
     Mas graças a um dia bem movimentado no mercado, as ações Brasileiras conseguiu seguir Noca York. O Dow Jones subiu 398% e o Nasdaq teve alta de 5,29%.
     O mercado conseguiu reagir com o comunicado do Fed. A autoridade monetária prometeu manter as taxas de juros excepcionalmente baixas até 2013, mas ainda não anunciou outras ações para estimular a economia America. Anúncios que devem vim ao longo da semana. Pois com os juros baixos, o Fed quer incentivar investimentos e o consumo dos americanos. O Fed diz que vê a economia "consideravelmente mais lenta do que o esperado". E com a decisão do Fed de manter os juros baixos, apesar do dia ser positivo para a economia do país, o dólar caiu 1,39% e fechou a R$ 1,59.
     Esperamos que no decorrer da semana os resultados para a economia brasileira melhore ainda mais com essa decisão da Fed.
(Informações da BBC) 

9 de agosto de 2011

Nota Rápida. Bovespa opera em alta de quase 4%.

       Após uma segunda-feira (8) negra na Ibovespa, onde os resultados apresentaram um fechamento com a queda de 8,08% (48.668 pontos), o menor índice desde 2008. Na manhã desta terça-feira (9), a Bolsa de Valores de São Paulo (BM&Bovespa) opera uma alta considerável. As 13h04, o Ibovespa, principal índice da Bovespa, registrava alta de 3,80%, com 50.518 pontos. Cinco minutos depois, o índice apresentava alta de 3,99%, com 50.611 pontos.
(Informações da Agência do Brasil)


Economistas afirmam que queda nas bolsas é exagerada e emocional


      Nesta segunda, a Bolsa de Valores de São Paulo fechou o pregão com queda de 8,08%, marca não registrada desde outubro de 2008.  A reação no mercado aconteceu depois que a agência de classificação de risco Standard & Poors rebaixou a nota de avaliação dos Estados Unidos de AAA para AA+. Para alguns economistas, o comportamento do mercado de ações brasileiro foi "exagerado". 
  "A queda de hoje (segunda-feira) foi mais emocional do que racional" disse Keyler Carvalho Rocha, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São (FEA-USP), à Agência Brasil." O mercado tende a se recuperar", disse.
      De acordo com o professor, a situação da economia de países como Grécia, Itália e Portugal é delicada. Os termos do acordo para elevação do teto da dívida dos Estados Unidos também não foram ideais. Mesmo assim, isso não justifica, para ele, uma queda tão grande do Ibovespa.
Para o professor Alcides Leite, da Trevisan Escola de Negócios, a queda do Ibovespa foi "exagerada" e tem "grande componente emocional". Entretanto, ele afirmou que o rebaixamento da nota americana "foi histórico" e que "a influência desse acontecimento no mercado é grande".
      O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o Brasil não está imune ao agravamento da crise econômica mundial, porém salientou que o país tem ferramentas para contornar seus efeitos. "O Brasil não está no epicentro da crise, porém, nós sofremos as consequências da crise".
  "O perigo não é aqui, no Brasil. Temos uma situação fiscal sólida e vamos continuar fortalecendo a situação fiscal", disse o ministro. "Prometo a vocês a cada mês uma surpresa em relação à situação fiscal, ou seja, a cada mês, um resultado melhor", disse.
     Não é de estranhar essa reação do mercado Brasileiro, com tanto tumulto, é obvio que iria mexer com o emocional dos investidores. Mas também não é pra entrarem em desespero, pois, se nesta terça os ânimos ainda tiverem elevados, as perdas vão ser maiores, sem falar das consequências que viram pela frente.  

(Com informações da Agência Brasil)

8 de agosto de 2011

Dilma diz que rebaixamento dos EUA é "precipitado e incorreto" e o Chefe da Casa Civil diz que Brasil deve estar preparado para crise prolongada.

      Enfim, a presidenta Dilma Rousseff se pronunciou sobre o rebaixamento e condenou a classificação da dívida dos Estados Unidos pela agência Standart & Poors, classificando a medida de "precipitada"e "não correta". Para ela, o Brasil "não é uma ilha" e, portanto, não está "imune" às turbulências mundias. "Queria deixar claro que não compartilhamos com a avaliação precipitada e um tanto quanto rápida e, eu diria assim, não correta da agência que diminuiu o grau de calorização de crédito dos Estados Unidos, a Standard & Poors", tal declaração, foi pronunciada ao receber o primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, em Brasília. 

      Nesta segunda, a ministra-chefe da Casa Cível, Gleisi Hoffmann, demostrou preocupação com o cenário econômico mundial. E em declaração disse:  "Todos sabemos que a situação da economia mundial é séria. Nesses países, os governos não têm estado à altura da complexidade da situação e têm jogado para o mundo as consequências das suas incapacidades. Temos que agir com cuidado e responsabilidade. A última coisa que queremos é colocar em risco o nosso projeto de desenvolvimento. Os tempos são duros e precisamos estar preparados para proteger o Brasil dessa crise, que dá sinais de ser prolongada", afirmou.
      Outra declaração importante foi do ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, Moreira Franco, que também demonstrou preocupação. "Ao construir esse caminho precisamos enfrentar um ambiente econômico internacional extremamente esquisito. É uma coisa tão inconcebível para a minha geração. Certamente teremos problemas aqui porque vivemos num mundo globalizado, e temos dois caminhos: continuar na visão pragmática de que temos que evitar que a crise chegue ou pegar essa realidade social, esse ativo social. Hoje podemos dizer que é compatível crescer e distribuir renda, esse processo gera a nova classe média. E o que queremos fazer hoje aqui é reunir todos os que estão pensando o fenômeno, trazer o governo, desenhar políticas que permitam manter a mobilidade para consolidar a conquista da última década, para torná-la permanente, até perpétua. Se não conseguirmos manter a mobilidade, pelo menos uma trava para que esse segmento não retroceda", disse Moreira Franco. 
Mas apesar de tudo, a presidenta Dilma, tentou acalmar as coisas, e disse que mesmo que o cenário econômico mundial esteja instável com as situação financeiras dos Estados Unidos e de países da Europa, o mercado interno nacional está bem mais prepara do que estava durante 2008 e 2009, quando a crise de crédito se agravou.
  "Hoje estamos muito mais fortes para enfrentar a crise do que estávamos no início de 2009 e final de 2008. Temos quase 60% a mais de reservas. Hoje chegamos a quase US$ 350 bilhões. Temos muito mais recursos depositados no Banco Central a título de compulsório. Hoje um pouco mais que o dobro, US$ 420 bilhões de reservas, é o que possuímos no Banco Central. Mas temos clareza que não somos imunes, que não vivemos em uma ilha. Sabemos que o Brasil tem força o suficiente (...) para fazer face a essa conjuntura", ressaltou Dilma.
      A presidenta ainda criticou a situação dos Estados Unidos, e ignorou o impasse entre Democratas e Republicanos.
  "Expressei ao primeiro-ministro (do Canadá) minhas preocupações com a deterioração da situação econômica e financeira internacional. Políticas monetárias unilaterais, insensatez política na condução da economia, ajustes fiscais não completados comprometem o crescimento da economia mundial e golpeiam o equilíbrio social e político de muitos países desenvolvidos. Quem paga a conta é o conjunto da humanidade, inclusive aquela parte que soube implementar alternativas de desenvolvimento com inclusão social e equilíbrio", criticou.
      Acho que assim ficou claro a posição da presidente, Dilma Rousseff, que não mediu palavras para criticar o governo dos EUA, e deixou clara a preocupação do governo diante dessa crise econômica mundial, ressaltando que o Brasil não está imune a consequências, apesar de está preparado pra enfrenta-la.
(Informações da JB)

Europa em pânico com corte de ‘rating’ nos EUA, mas BC europeu deve comprar títulos da Espanha e da Itália para acalmar bolsas.

     Os líderes europeus passaram o fim-de-semana ao telefone, depois da S&P ter baixado o 'rating' dos EUA. É desta vez, foram os EUA a sofrer um corte de 'rating'. Essa medida foi tomada depois da ameaça de ter maiores consequências para a zona euro, do que para a economia norte-americana. Pelo visto, os líderes da moeda única levaram o fim-de-semana a preparar aquela que promete ser mais uma semana negra das dívidas soberanas do euro. E foi pela primeira vez, que a S&P retirou a nota máxima à dívida dos EUA, cortando os anteriores 'AAA' em um nível, para 'AA+'. Tal medida tomada, depois de os mercados terem fechado na Europa, EUA e Ásia. Muitas das bolsas do Médio Oriente, funcionaram ao domingo (7), e afundaram. O principal índice em Israel perdeu 7% e o do Egito 4%. 
     A S&P, disse que se a trajetória da dívida dos EUA não se inverter, a ação será repetida. Apesar das maiores ondas de choque serem registradas na zona euro. Os analistas voltaram os olhos pra França, outro país do G7. Mas pode ser que tenha aparecido uma solução para amenizar a "depressão" que afeta os mercados acionistas, visto que, a Espanha e Itália estão sobre fogo dos mercados e a zona euro não tinha meios para responder a um terceiro grande país contagiado. O Banco Central Europeu, se pronunciou e disse que vai "implementar ativamente" uma programa de compra de títulos de países da zona do euro, para evitar mais uma segunda-feira turbulenta no mercado financeiro. Embora o BC europeu não ter sitados nomes, após a reunião deste domingo já sabemos que é endereçado à Espanha e à Itália.
     Essa medida de aquisições do BC europeu poderiam ajudar a Roma e Madri a conter a especulação, além de baixar o custo da dívida italiana e espanhola, até que medidas acionais para conter a crise sejam aprovadas pela União Europeia. 
No sábado, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, admitiu que o país deve "melhorar" seu desempenho no combate à crise financeira e econômica e pediu união aos dois maiores partidos do país.
Já era de esperar que esse fim-de-semana ia ser um pouco tenso, e estressante para a economia mundial. Entre desespero de uns, e soluções para amenizar a situação de outros. O Brasil, permanece calado. Já o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a chanceler Angela Merkel, da Alemanha, reafirmaram neste domingo que darão apoio para os principais países que forma a Zona do Euro. E os líderes da União Europeia terão mais poder para decidir sobre resgates financeiros de membros do grupo, quando for necessário.
    Espero que assim consigam chegar em um atitude de emergência, afinal, do jeito que vai, todos estão perdendo. E só nos resta esperar como vai ser o decorrer da semana.

(Informações da BBC)

7 de agosto de 2011

O secretário executivo do Ministério da Agricultura, Milton Ortolan, pediu demissão!

    O secretário executivo do Ministério da Agricultura, Milton Ortolan, pediu demissão neste sábado, após ter seu nome ligado a irregularidades publicadas pela revista Veja.
   A revista veja publicou uma suposta gravação do lobista Julio Fróes na qual Ortolan aparecia pedindo propina de 10% sobre um contro do ministério. Ortolan, nega as denúncias e diz não ser conivente com irregularidades e desvios de recursos no ministério. "Não participei e nem compactuo com ilegalidades. Tenho 40 anos de serviço público. Jamais fui acusado de conduta irregular", diz a nota de Ortolan.
    Ele ainda pede que segam feitas investigações "em todos os níveis considerados necessários". E ressaltou, "Coloco-me à disposição das autoridades competentes para prestar quaisquer esclarecimentos. Tenho a consciência tranquila e provarei minha inocência", disse.
    O Ministro, Wagner Rossi, em nota divulgada pela assessoria do Ministério da Agricultura, disse que ele repudiava as informações da reportagem, negando qualquer relação com Fróes. De acordo com a revista, Fróes fazia lobby com o cnhecimento e o aval do ministro Rossi e teria inclusive uma sala na sede do ministério. A revista, diz que Fróes seria responsável por intermediar negócios e cuida de processos de licitação, redação de editais e escolha de empresas prestadoras de servições à pasta. E também, que Ortolan apresentou Fróes a funcionários do ministério como homem de confiança do ministro Rossi.
    Entre tantos corruptos, fica difícil de acreditar em Ortolan, apesar de ter um belo histórico de fica limpa. Hoje em dia não dá mais pra acreditar em Natal. Espero que as autoridades escute mesmo o pedido dele, e esclareça tudo.
(Infomações da BBC)

6 de agosto de 2011

Acordo sobre dívida demorou a sair, diz porta-voz da Casa Branca


   A decisão sobre elevação do teto da dívida norte-americana, segundo o porta-voz da Casa Branca, demorou a sair. Jay Carney, criticou e chamou de "caminho dividido" a elevação da dívida. Carney, fez o primeiro pronunciamento após o rebaixamento da nota dos Estados Unidos pela Standard & Poors, citando as dificuldades pra governo chegar ao acordo da elevação do teto da dívida do país, Agora, os EUA precisam "fazer o melhor para deixar claro à nossa nação a capacidade e o compromisso de trabalharmos juntos para enfrentarmos nossos maiores desafios fiscais e econômicos", disse.
   Ele também chegou a ressaltar, que, pelo fato das negociações sobre o aumento do teto da dívida ter demorado, cousou divisão política nos EUA. o acordo estipula que sejam cortados dos gasto cerca de US$ 2,4 trilhões (R$ 3,7 trilhões) e o teto da dívida seja aumentado na mesma proporção.
   As maiores quedas nas bolsas internacionais desde o estouro da crise financeira de 2008, foram registradas. Teme-se que os Estados Unidos estejam prestes a vivenciar uma recessão. Espanha, Itália e China permanecem em extrema alerta. Os chineses criticaram os EUA pelo seu vício de dívida. Pois, eles são os maiores detentores de títulos americanos.
   Agora os Parlamentares americanos, usam o rebaixamento para defender uma melhor estratégia para controlar o orçamento do país, com os democratas dizendo que é preciso mais receita e republicanos focando na redução de gastos.
   A decisão da S&P "reafirma a necessidade de uma abordagem equilibrada para a redução do déficit que combine diminuição de gastos com medidas para aumentar a receita", disse o líder da maioria no Senado, Harry Reid, democrata de Nevada.
   O presidente da Câmara, John Boehner, republicano de Ohio, classificou o rebaixamento como "a mais recente consequência de gastos fora de controle que acontece em Washington em décadas."
   Não é de estranha a preocupação dos lideres americanos, pois essa é a maior crise que os Estados Unidos já enfrentou em toda sua história, ela vem se alastrando desde 2008, quase 4 anos depois, ainda está rendendo o que falar, ou melhor, rendendo o que economizar. 
(Com informações da AP e da Reuters)

Dilma evita política e foca economia


      A presidenta Dilma Rousseff, evitou falar de política e privilegiou os temas econômicos, em sua prima aparição pública após troca de comando do ministério da defesa, defendendo assim, ações de proteção à indústria diante de o agravamento do cenário econômico mundial, e também ações sociais da gestão do PT no Planalto e foi enfática ao comentar sobre a situação econômica mundia e a política industrial lançada nesta semana:
“Não podemos deixar que, por conta da crise internacional, eles venham aqui diminuindo valor de seus produtos, que não têm onde ser colocados lá fora, eles entrem aqui e façam uma destruição de nossos empregos. Nós não podemos deixar isso, e não vamos deixar”, afirmou.
      Ela, não deixou de ressaltar que; "hoje o Brasil ainda está mais forte do que esta em 2008".  Como, Guido Mantega, o Ministro da Fazenda deixou claro, o Brasil nunca esteve tão bem e tão preparado para enfrentar as consequências de uma nova crise. "Nós não só temos mais reservas, como temos os mecanismos, os instrumentos que criamos na crise de 2008 e que poderão ser implementados a qualquer momento". Assim assim, eles tentam acalmar os nervos dos nossos investidores. 
      Mas Dilma, também demonstrou um pouco de preocupação com uma possível invasão de produtos importados no País, impulsionada pela valorização do real. “Nós não vamos deixar que eles acabem com o trabalho mais qualificado no País, infiltrando no País toda sorte de produtos importados. Não somos contra a importação (...), nós somos contra a importação de produtos que, de alguma forma, o preço está manipulado, o preço de referência está incorreto, é fruto de concorrência desleal ou são fraudulentos, que entram no Brasil sem pagar a totalidade dos tributos que devem”, disse.
      Talvez possamos dormir com a cabeça mais tranquila hoje, vamos dar voto de confiança? É, não sei ao certo. No governo Lula, todos desconfiavam da sua tranquilidade. Já agora, no governo Dilma, estamos todos em duvidas se confiamos nessa tranquilidade ou se nós nos preocupamos. A verdade é certa, vamos dar tempo ao tempo, quem sabe assim com o nosso gingado brasileiro, não sairemos bem mais uma vezes dessa situação econômica mundial.

5 de agosto de 2011

Bolsa de São Paulo acumula perda anual de mais de 20%

      Está semana foi a pior, desde a crise financeira mundial de 2008. A Bolsa de valores de São Paulo (Bovespa) terminou o pregão sexta-feira em ligeira alta, com 0,26%, a 52.949 pontos. Mas na semana, o Índice Bovespa acumulou perda de 9,98%, com quatro baixas consecutivas. 
      A perda anual, já chega a 23,59%, assim registrou a Ibovespa. O volume negociado atingiu  R$ 8,831 bilhões. Apesar do mercado ter apresentado estabilidade, as principais bolsas europeias voltaram a fechar em queda. A penas o dólar comercial fechou com uma ligeira alta de 0,38%, a R$ 1,587. O motivo principal para essas grandes oscilações foram a situação econômica da dívida da Europa sobre Itália e Espanha e as incertezas com o plano de elevação do tero da dívida dos Estados Unidos.
      O que muitas pessoas não sabem, todas essa situação já era prevista pelos economistas. Pois, isso são reflexões da grande crise imobiliária dos EUA de 2008. As medidas de emergência adotadas para recuperação e estabilidade da economia daquele ano, serviu como jogar apenas um balde de água em uma grande folgueira, pois apenas baixou o fogo, mas o efeito dominó está refletindo agora. Pois, o pacote econômico de US$ 819 bilhões defendido pelo presidente americano Barack Obama serviu apenas para alavancar e permitir a retomada do nível de atividades do país. 
      Lembro-me, que o Cláudio Couto, cientista político e professor de ciência política da PUC (Pontifícia Universidade Católica) e da FGV (Fundação Getúlio Vargas) de São Paulo, fez uma avaliação, em que só agora estamos vendo o resultado. Ele disse, que apesar dessa ação do presidente norte-americano, ser fundamental para o processo de retomada da atividade econômica americana, o pacote não tinha condições de resolver todos os problemas.
     Pois é, o professor Couto, acertou em cheio, e agora só nós resta que uma outra ação milagrosa apareça, porque do jeito que as coisas vão, a tendência é piorar. Mas vamos aguardar até segundo, quem sabe esse fim de semana não sirva pra esfriar esse estresse toda da péssima semana que as economias mundias tiveram.

Jobim deixa a Defesa e Celso Amorim assume a pasta. "O copo encheu", diz líder do governo


     Em suma,  nesta quinta-feira a noite após uma reunião entre Nelson Jobim e a presidente Dilma Rousseff, foi a anunciada a saída do Ministério da Defesa. Jobim é o terceiro ministro a deixar o governo. Quem assumiu o seu lugar, foi, o Chanceler Celso Amorim. Mas a saída de Jobim é considerada natural pelos aliados, diante do posicionamento que ele adotou de desferir comentários considerados constrangedores para o Planalto durante uma entrevista concedida à revista Piauí. Já a oposição critica a saída do ministro. O senador Alvaro Dias disse hoje ao JB que Jobim foi punido por "dizer o que pensa".
     Enquanto isso, o novo ministro da Defesa, Celso Amorim, em um rápido pronunciamento a Jornalistas na capital paraibana, agradeceu a presidente Dilma Rousseff, pela confiança e disse que tem apreço pelo trabalho dos antecessores e que pretende corresponder aos interesses da nação:
"Primeiramente, gostaria de agradecer a confiança da presidente Dilma Rousseff. Tenho apreço pelo trabalho dos meus antecessores. Quero corresponder aos interesses da nação", declarou o ministro.
      O líder do PT, Paulo Teixeira (SP) disse ao JB que Jobim vinha dando sinais de que queria deixar  o governo e, agora, "o copo encheu". O petista disse ainda: "Vinha nessa direção de descontentamento. Está colocado, ele divergiu do encaminhamento dos documentos sigilosos. Foi ali que se deu o contexto da divergência". E ressaltou ainda que: "Não. Isso não vai afetar o PMDB. A cota dele (Jobim) era mais pessoal da presidenta".
     O líder do PT ainda defende a Presidente, diz que Dilma Rousseff não perdeu o controle sobre seus aliados, e afirma que essa mudanças são naturais de acontecer em qualquer governo.
     Já em relação ao novo Ministro da Defesa, Celso Amorim, em declaração ele justificou o cancelamento da entrevista, alegando estar impedido de falar sobre as mudanças na pasta que comandará em substituição a Nelson Jobim, que deixou o cargo ontem em razão de recentes declarações que causaram desconforto ao governo federal. No final dessa tarde, o ex-chanceler Celso Amorim, vai dar uma palestra sobre Relações Internacionais e a Política Externa no governo Lula, a palestra vai ser realizada na Universidade Estadual da Paraíba, assuntos selecionados pela coordenadoria de Assuntos Institucionais e Internacionais (CAII) da instituição. A palesta ocorrerá no auditório da Estação Ciência, onde durante a manhã, Amorim se reuniu com políticos e acadêmicos locais.
     É pelo visto, o governo Dilma Rousseff a cada dia faz novas mudanças e os argumentos são sempre os mesmo, "a ele já estava querendo sair", "a ele deu declarações a tal jornal", e a verdade nunca vem a publico. Entre corruptos, esperamos de tudo. Mas, também vamos ser um pouco flexíveis, afinal, quando a gente fala em mudanças, sempre esperamos algo melhor.

Saiba mais sobre Celso Amorim, link: http://www.jb.com.br/pais/noticias/2011/08/04/saiba-mais-sobre-celso-amorim-novo-ministro-da-defesa/

4 de agosto de 2011

Bovespa despenca 5,72%! Mas o Brasil está preparado para enfrentar a crise econômica, afirma ministro!

      Como já se era de espera, depois das medidas aprovadas pelo governo Norte-Americano de diminuir a circulação do Dólar. Uma onda de resultados negativos assola o mundo, e aqui no Brasil não fio diferente. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), registrou nesta quinta-feira, a maior queda desde 21 de novembro de 2008, quando Ibovespa recuou 6,45. No dia de hoje (4), a Bolsa fechou o dia com 5,72%, aos 52,811 pontos, trazendo com esse resultado pânico aos mercados. A mínima de hoje, foi de 6,05% atingindo 52.629 pontos.  Mas, os EUA comemorou o dia, fechou em alta 1,28%, R$ 1,5820, a maior cotação desde 27/6/2011.
     Mas o ministro de Fazenda Guido Mantega afirmou hoje que o Brasil está preparado para enfrentar a crise econômica mundial e qualificou de momentânea a alta do dólar e estadunidense frente ao real brasileiro. E ressaltou, que, essa situação internacional é um reflexo do debilitamento econômico dos Estados Unidos e a crise em nações europeias, apontou Mantega em declarações À imprensa. Mantega assegurou que se persistir ou se agravar este mau momento, o Brasil pode aplicar diversas medidas, entre elas as que lhe permitiram minimizar os efeitos da crise monetária como a de 2008:
"Espero que este palco cesse nos próximos dias, mas se há um agravamento da crise mundial, Brasil nunca esteve tão preparado. Hoje, não só temos mais reservas (internacionais), senão também os mecanismos e instrumentos que creiamos na crise de 2008. Eles estão ativos e podem ser implementados", assinalou.
       Em suma, o governo brasileiro, para reduzir os efeitos da situação financeira em 2008, empregou parte de suas reservas internacionais para financiar o comércio exterior, e eliminou os impostos para estimular o consumo interno, entre eles o dos eletrodomésticos e os automóveis.
     Por uma parte, Mantega considerou passageira a atual recuperação do dólar frente ao real, da qual culpou à incerteza econômica nos Estados Unidos e Europa. Para o ministro, o fato de que a crise se dá nas economias desenvolvidas converterá o Brasil em destino da divisa estadunidense, o qual sustentou, que permitirá conter a desvalorização do dólar frente à moeda brasileira:
"Não creio em um overshooting (valorização excessiva) do dólar, mas se em uma flutuação relativa da mudança", precisou Mantega.
      Como estamos vendo, o Brasil, mais uma vez se mantem calmo diante da crise econômica, que está por vim a piorar ao longo dos próximos dias, será que podemos falar que é só mais uma "marolinha"? É, isso no momento não importa. Só espero que nossos governistas e economistas, fiquem de olhos bem aberto e que não deixe o Brasil entrar nesse joguinho econômico dos EUA, que por sinal, pra eles não foi tão ruim o dia.

O Partido do DEM questiona na Justiça formação do PSD, inclusive no RN.

     O senador José Agripino Maia, presidente do DEM, confirmou que o partido entrará com uma representação na Justiça Eleitoral contra os pedidos de registro do PSD.
   A Folha de S. Paulo de hoje (4) indicou uma grave irregularidade na formação dos diretórios municipais do Partido Social Democrático (PSD) em pelo menos três estados da federação, em prática que, muito provavelmente, se repete em todo o país.
"O fato de as atas das reuniões partidárias municipais do PSD apresentarem a mesma estrutura, a mesmíssima redação, contendo até mesmo as mesmas manifestações dos líderes municipais caracteriza, no mínimo, forte indício de que os documentos em questão não correspondem à verdade dos fatos."
   De acordo com a legislação, as atas são documentos que devem corresponder ao que realmente ocorreu nas convenções partidárias, e deve constar estritamente o que, de fato, foi feito e dito pelos convencionais. Os dados para serem inseridos nelas tem que serem precisos e torna-se mais relevantes quando são apresentadas à Justiça Eleitoral, para fins de exercício de direitos políticos, como no cado da constituição de novos partidos.
   Se por acaso, forem introduzidos dados falsos em documentos encaminhados à Justiça Eleitoral, isso se caracteriza como crime de falsidade ideológica, previsto no art. 350 do Código Eleitoral:
Art. 350. Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, para fins eleitorais:
Pena – reclusão até cinco anos e pagamento de 5 a 15 dias-multa, se o documento é público, e reclusão até três anos e pagamento de 3 a 10 dias-multa se o documento é particular.
   Então, assim sendo, caso ocorra convenções realizadas em datas distintas e em lugares geograficamente distantes, é humanamente impossível que as convenções tenham sido realizadas e desenroladas de modos idênticos, com as mesmíssimas manifestações por parte dos convencionais, então, é evidente que essas atas não correspondem à realidade, estando nelas contidas as mesmas informações, isso quer dizer, informações falsas.
   Essa constatação, terminou gerando a suspeita de que essas reuniões que assim foram efetivadas, jamais tenho ocorrido, portando, revelando-se assim um verdadeiro simulacro a ser rigorosamente investigado pelo Ministério Público Eleitoral.
   É os dias vão passando, e os nossos políticos, nos surpreendendo  a cada dia de uma forma diferente de corrupção. Hora, com tanto político incompetente, não é de estranhar essas atitudes. Afinal, eles só estão procurando formas novas de conseguirem embolsar mas dinheiro. Enquanto a governar? É quem sabe um dia.

Bovespa cai mais de 3,5% e tem a pior pontuação em dois anos.


        Com as medidas aprovadas pelo congresso essa semana, os Estados Unidos, vão ter que economizar, e com menos dólares circulando, sobrou para as empresas brasileiras que tem negócios com os EUA, e podem lucrar menos. Agravando não só a situação econômica do País, como também dando uma grande balançada na nossa economia, logo que, os EUA é o segundo maior parceiro comercial do Brasil, perdendo apenas pra China.
        E é essa a preocupação dos nossos investidores, eles vedem suas ações e como uma reação do mercado, a Bolsa caí. E como já se era de esperar a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), teve o pior resultados nos últimos dois anos. Além de ter passado dia no vermelho ela chegou a cair mais 3,5%, conseguiu se recuperar um pouco ao longo do dia, mas fechou em -2,26%, aos 56.017 pontos. Esse resultado mostra nada mais, nada menos, do que a preocupação dos investidores com a economia dos Estados Unidos, onde a economia já está bem, mas com isso, ainda pode ficar pior:
“As incertezas da economia americana, a dificuldade da econômica europeia e outros países desenvolvidos, nesse momento, faz com que os investidores fujam das aplicações de risco e migrem para portos mais seguros neste momento”, explica o professor de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), de São Paulo, Rogério Mori.
        Apesar dos dados divulgado pelo Banco Central que a entrada de dólares no Brasil, em julho, foi a maior do ano e que os investidores permanecem vindo para o país. Onde chegou ao total de US$ 15,825 bilhões de investimentos. Não deu pra segurar a situação, e o dólar continua em queda: -0,25%, cotado a R$ 1,563.
         É está a situação que nos nós encontramos, afinal, a forma em um mundo capitalista sabemos, é um por todos e todos por um, com ele não tem conversa, se um País saí da linha e caí no buraco saí puxando um País de cada vez. Espero que o Brasil consiga se manter de pé, porque com isso, tanto será bom para os investidores como para o consumidor.

3 de agosto de 2011

Diversos setores se preocupam com perspectiva da economia dos EUA

          Nesta terça-feira (2), o presidente norte-americano Barack Obama assinou a lei que aumenta o teto da dívida pública do país. Mas infelizmente o mercado não reagiu bem e, no mesmo dia, a bolsa de Nova York registrou queda. Essa sanção marca o fim de uma etapa de meses de debates sobre o projeto e o risco de DEFAULT da economia dos EUA. Mas apesar dessa tentativa, eles não conseguiram amenizar a preocupação. Pois a essa medida tomada prevê o aumento do teto da dívida para 2 trilhões e 100 milhões de dólares e cortes estimados em cerca de 2 trilhões de dólares ao longo de dez anos. A preocupação fica a mesma, pois, só estão estendendo um problema a longo prazo. A lei já tinha sido aprovada na segunda feira (1) na Câmara e no dia seguinte no senado, antes da assinatura de Obama.
          O que a maioria das pessoas não sabem é que a dívida pública dos EUA já conseguiu atingir a mais de 99% do PIB. Os investidores estão bastantes estressados com essa situação, pois eles ainda se preocupam com a economia norte-americana. No entanto, apesar disso, a agência de classificação de risco Fitch manteve o rating "AAA" dos Estados Unidos, talvez para tentar diminuir o estresse da situação em que se encontram.
         Os políticos de Washington por terem fabricado a crise, recebem uma critica do presidente do EUA. Enquanto isso, o presidente Obama, agradeceu à população por pressionar a classe política para uma saída para a situação de instabilidade. "Os dois partidos dividem as obrigações em Washington, então devem melhorar a economia com atitudes responsáveis." essas foram as palavras acrescentadas por Obama. "Segundo uma pesquisa de opinião pública divulgada pela rede de televisão CNN, a maioria dos norte-americanos não está satisfeita com Obama e com os líderes democratas e republicanos, no entanto, na comparação, Obama recebeu mais notas."
           É incrível, o país está a caminho de um efeito totalmente catastrófico, e os democratas e republicanos lutando entre si pelo poder dos EUA. Enquanto isso, a economia do país está correndo o risco de afundar e levar todos os outros países dependente dela juntos. Calma, relaxem, tudo vai se resolver. É, não sei até quando o Obama vai ter cartas escondidas na manga. 

CPI dos Transportes

            Mais uma vez a clássica polemicas dos corruptos nos tomam as pautas dos jornais e blogs. Dessa vez o motivo não agradou muito os candidatos a oposição do governo. Já faz algum tempo que a oposição vem querendo criar uma CPI dos Transportes. Ela deveria segundo o senador Alvaro Dias (PR), investigar os "graves problemas" na contração de serviços, obras e processos licitatórios a partir de relatórios e outros documentos produzidos pelo Tribunal de Contas da União (TCU) que evidenciaram a existência de irregularidade no Ministério dos Transportes e nos órgãos vinculados a ele, como o Dnit.
         Mas como já era de se esperar, que o governo teve uma reação rápida e foi nessa noite de terça-feira (02/08/2011). O senador João Durval (PDT-BA) deu esse gostinho para o governo, retirando o seu nome das 27 assinaturas necessárias para a CPI ser aprovada. É não é de estranhar, o que será que realmente aconteceu? Logo no momento em que o líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR) ia encaminhar à Mesa o pedido com as 27 assinaturas, que chega a corresponder um terço da composição da casa. Agora, a oposição está a procura de mais uma assinatura. E o governo enfim conseguiu evitar temporariamente a criação da CPI  que serviria para investigar as denúncias de irregularidades no Ministério dos Transportes.  Tais denuncias de corrupção, foram feitas a partir do momento que foi constatado que o Ministério dos Transportes estava envolvido num esquema em que beneficiaria os políticos do PR, onde resultou na queda do ministro dos Transporte, Alfredo Nascimento, e de outros 26 subordinados. Pois, como já sabemos  quem assumiu o Ministério foi o secretário-executivo, Paulo Sérgio Passos, considerado o homem de confiança da presidente da República, Dilma Rousseff. O que me deixa confuso é, já que Paulo Sérgio é como o homem de confiança da Senhora Presidenta, por que o Palácio do Planalto já determinou que o líder do governo da Casa, senador Romero Jucá (PMDB), tente evitar a instalação da CPI?
            É isso não me surpreende, pois, seja com CPI ou sem CPI,  o nosso governo vai está entregue nas mãos desses corruptos,  onde sempre aparace um pra lavar a roupa surja do outro. 


2 de agosto de 2011

Princípio da Reciprocidade - Claude Levi Strauss

        O princípio da reciprocidade é um dos componentes do conjunto da troca, na qual suas leis se estendem aos objetos, bens e mulheres. A troca é a comunicação. Lévi-Strauss quer mostrar que a troca não é apenas uma característica primordial de sociedades primitivas, mas evidente em diversas instancias das sociedades contemporâneas. O autor vai falar que o princípio da reciprocidade, age de duas formas complementares, ou pela constituição de classe que delimita automaticamente o grupo dos cônjuges possíveis ou pela determinação de uma relação, ou de um conjunto de relações que permitem dizer em cada caso se o cônjuge considerado é desejável ou excluído. Os dois critérios são dados simultaneamente, mas sua importância relativa varia. (LÉVI-STRAUSS, 1976, p. 107).  
            Com o sistema de troca podemos trazer a problemática do incesto, que Lévi-Strauss a trata como uma questão universal. Pois a proibição seria necessária, para exogamia, e das trocas matrimonias. Para Lévi-Strauss as regras da reciprocidade e da exogamia foi criada, para resolver o problema das mulheres, que eram desejadas por todos. Gerando assim a necessidade da troca, já que as mulheres não podem ser de todos os indivíduos ao mesmo tempo, eles trocam suas mulheres por irmãs, filhas todos outros. Pois qualquer que seja forma da reciprocidade, trás com ela a regra suprema da dádiva de Marcel Mauss. Quando Mauss desenvolveu seu trabalho “ensaio sobre a dádiva” ele vai trazer a questão do princípio da reciprocidade, como um modelo universal de relações mesmo que seja desenvolvido de formas diferentes de cultura a cultura. Mauss ao analisar a sociedades arcaicas da polinésia e melanésia, ele notou que seus dons recíprocos são fatos sociais, sejam eles econômicos, religiosos, morais, sócias e entre outros. Todos eles têm significados diferentes.
            Voltando para Lévi-Strauss, ele vai dizer que é primordial que a união do casamento seja entre duas linhagens e duas famílias sem laços entre si, e cabe a mulher essa função de ligar o relacionamento social entre ambas, ou seja, a mulher cria um laço social entre as famílias cumprindo o princípio da exogamia. A mulher vai fazer o papel do objeto de troca, como a moeda nas relações econômicas. A regra da exogamia não é uma regra negativa que proíbe o casamento com primas ou irmãs, mas uma regra positiva que afirma a existência social dos outros, entre os quais se escolhem as mulheres: o princípio da exogamia assinala a necessidade de estabelecer alianças e laços sociais com outras linhagens ou famílias.
            A troca é a comunicação social, vista tanto por Mauss como Lévi-Strauss. A dádiva de Mauss, trás para nós a visão de um sistema de troca perfeito. Onde o individuo recebe um objeto, e sente a necessidade de retribuir-lo com algo do mesmo valor. No exemplo de Lévi-Strauss a mulher seria esse objeto, esse bem, que com o efeito da troca, tanto trás afinidade, em grupos sociais, como também causa uma interação de respeito e prestígio. Fazendo assim, as famílias interagirem, com uma ligação não apenas sociais, mas também carnais e espirituais. Sempre com um sentido compensatório, vão se estabelecendo o sistema de troca justas, e o principio da reciprocidade, sempre com o ideal de trocas de objetos do mesmo valor, causando assim ligações e laços de amizades, e até mesmo de rivalidades.

Os Pronomes Cosmológicos e o Perspectivismo Ameríndio - Eduardo Viveiros de Castro.

O perspectivismo diferencia-se do relativismo e do objetivismo. Pois, como sabemos essa visão é dada a partir de uma única realidade com perspectivas epistemologicamente diferente de cada um diante da realidade proposta. Quando falamos de perspectivismo ameríndio, logo nos lembramos de um dos defensores, que é Eduardo Viveiros de Castro. O autor vai dar uma definição da natureza e da cultura diante da sua espécie, como sabemos sempre existe algo universalizado e outro mais particular, e quando se tratamos desses assuntos, temos que ter um cuidado peculiar em analisá-los. O autor vai falar; “a primeira garantida pela universalidade objetiva dos corpos e da substância, a segunda gerada pela particularidade subjetiva dos espíritos e dos significados, a concepção ameríndia suporia, ao contrário, uma unidade do espírito e uma diversidade dos corpos. A “cultura” ou o sujeito seriam aqui a forma do universal, a “natureza” ou o objeto a forma do particular.” (Eduardo Viveiro, 1996, p. 166)
            Essa reflexão do perspectivismo parte de inúmeras etnografias relatadas no comportamento indígena na amazonas, em que o olhar deles para os animais e os outros seres que habitam o universo é diferente, ou seja, o mundo é povoado por diversas espécies, humanas e não-humanas, todos com concepções diferentes em sua realidade, porém, uma visão universal, no entanto, epistemologicamente diferente uma da outra. É como se cada uma das espécies existente na terra visse a sua espécie como humana e todas as outras como não-humanas.
             Isso que dizer que essa visão das espécies diferenciadas umas das outras, não pode ser confundida com uma visão etnocêntrica ou como algo preconceituoso, visto que, são nos seus estados naturais que elas são abordadas assim. O autor vai da uma definição as visões em seus estados normais de uma forma naturalizada como realidade absoluta, na visão em que se encontra, sem se preocupar com a outra, isto é:
Em condições normais, vêem os humanos como humanos, os animais como animais e os espíritos (se os vêem) como espíritos; já os animais (predadores) e os espíritos vêem os humanos como animais (de presa), ao passo que os animais (de presa) vêem os humanos como espíritos ou como animais (predadores). Em troca, os animais e espíritos se vêem como humanos: apreendem-se como (ou se tornam) antropomorfos quando estão em suas próprias casas ou aldeias, e experimentam seus próprios hábitos e características sob a espécie da cultura — vêem seu alimento como alimento humano (os jaguares vêem o sangue como cauim, os mortos vêem os grilos como peixes, os urubus vêem os vermes da carne podre como peixe assado etc.), seus atributos corporais (pelagem, plumas, garras, bicos etc.) como adornos ou instrumentos culturais, seu sistema social como organizado do mesmo modo que as instituições humanas (com chefes, xamãs, festas, ritos etc.). (Taussig 1987:462-463)
            Portanto, o que o autor quer deixar claro, é que no perspectivismo ameríndios o nativo ver sua espécie a partir de como se trata em sua própria cultura, isto é, como ele próprio interpreta sua essência espiritual. O nativo passa de ser apenas um objeto de pesquisa, e o antropólogo tem que ter uma visão em que entendam que os nativos têm suas próprias interpretações, seus próprios conhecimentos naturais e científicos, ou seja, sua perspectiva peculiar. Isso nos leva a ter uma interpretação dos ameríndios de forma diferente, visto que para entender como eles se comportam, precisaríamos pensar como um ameríndio antes de fazer uma visão critica, e traduzi-la para nossa cultura. 

Os EUA têm histórico esquecido de calotes.

           A política brasileira está mal vista pelo mundo a fora por culpa das sequências de escândalos de corrupções que os nossos políticos vieram se envolvendo nos últimos anos. Mas o que mal a gente sabe é que não é só no Brasil que existem a famosa "malandragem", como na musica Homenagem ao Malando de Chico Buarque ressalta; "Agora já não é normal, o que dá de malandro, regular profissional, malandro com o aparato de malandro oficial, malandro candidato a malandro federal, malandro com retrato na coluna social; malandro com contrato, com gravata e capital, que nunca se dá mal." A mídia brasileira sempre foi uma pedra no sapato dos cidadãos civis, nunca mostrando a realidade em que nós realmente nos encontramos, assim foi na ditadura e assim é nos nosso dias de hoje. E isso me lembra outra musica também muito conhecida de Bezerra da Silva, onde ele fala; "Malandro é o cara que sabe das coisas. Malandro é aquele que sabe o que quer. Malandro é o cara que tá com dinheiro e não se compara, com um Zé Mané. Malandro de fato é um cara maneiro que não se amarra em uma só mulher... E malandro é malandro, mané é mané". Esse é o retrato resumido em que nós vivemos.
           Crescemos vendo que os Estados Unidos sempre viveu em uma realidade bem diferente da nossa, enquanto na verdade os EUA têm um histórico recheado e esquecidos calotes. "Se ocorrer, default americano não será inédito; para a decepção dos catastrofistas, o mundo não acabará dessa vez" é essa notícia que todos os jornais do mundo estão publicando. Mas por que estão falando isso? 
          "Esse histórico esquecido de calotes norte-americanos começou em 1790. O país, ainda imberbe, tinha proclamado sua Constituição menos de três anos antes disso quando o recém-formado governo federal reestruturou os pagamentos dos bônus emitidos pelos Estados para financiar a guerra pela independência da Inglaterra. E foi um calote em obrigações internas e externas. “Os juros nominais foram mantidos em 6%, mas uma parte dos juros foi postergada por dez anos”, relatam Carmen Reinhart e Kenneth Rogoff em “The forgotten history of domestic debt” (A história esquecida da dívida doméstica), trabalho feito para a National Bureau of Economic Research, entidade privada de pesquisa de temas econômicos criada há quase 100 anos.  A lista de defaults ganhou novo item em 1933, o primeiro ano de Franklin Delano Roosevelt na presidência dos EUA. As finanças do governo ainda tinham uma ligação íntima com o ouro – e isso era particularmente verdade no caso dos bônus emitidos para financiar a participação norte-americana na Primeira Guerra Mundial. Esses papéis tinham uma cláusula que permitia a seus detentores optar por receber o pagamento em moedas feitas do metal precioso.
          Mas como aqueles eram os dias da Grande Depressão, o governo, com a anuência do Congresso, desvalorizou o dólar e, no dia 5 de junho daquele ano, também decidiu que a cláusula do ouro não era mais válida. Como o metal era uma garantia contra a desvalorização da moeda, e como, com aquele ato, ele não seria mais usado pelo governo para honrar seus débitos, na prática, a desvalorização da moeda faria com que os detentores dos bônus recebessem menos dinheiro por esses documentos do que eles efetivamente valiam. Ações na Justiça contra a decisão chegaram à Suprema Corte, que, por cinco votos a quatro, ratificou a medida do governo. Estava decretada a moratória.  
         O ano de 1979 teve um quase-calote. A exemplo do que ocorre hoje, o Congresso demorou para votar a elevação do teto da dívida para US$ 830 bilhões. A proposta foi aprovada, mas não a tempo de o governo emitir cheques para todos os seus credores. Com isso, foram adiados os pagamentos que totalizavam US$ 122 milhões a investidores com títulos que venceriam em 26 de abril, 3 e 10 de maio daquele ano. O episódio foi considerado pelo Tesouro dos EUA não um calote (ainda que momentâneo), mas um problema técnico."
        Houve ainda ocasiões em que Estados dos EUA deram calote. Entre 1841 e 1842, nove deles o fizeram. Depois, entre 1873 e 1884, nos recessivos anos pós-Guerra Civil, foram dez os caloteiros. No caso de West Virginia, um dos dez dessa lista, a liquidação das obrigações só ocorreria em 1919."  (fonte: http://economia.ig.com.br/os+eua+tem+historico+esquecido+de+calotes/n1597105874725.html)
           Mas o mundo não acabará dessa vez. Se o Congresso não chegar a um consenso sobre a elevação do limite da dívida do país (atualmente de US$ 14,29 trilhões) até o dia 2 de agosto – e, assim, o calote for confirmado –, os EUA, que têm déficit orçamentário de US$ 1,5 trilhão, suspenderão o pagamento de suas obrigações. Os políticos têm alardeado o ineditismo dessa decisão e os mercados financeiros estão tensos com as consequências imprevisíveis, mas, em outras ocasiões, o default já ocorreu – e a vida seguiu.
             É assim que nossos dias se tornam melhor? A, isso é um absurdo, enquanto os grandes elefantes brigam, as formiguinhas correm para entrar nos seus buracos. É esse o mundo capitalista em que vivemos, afinal "malandro é malandro, mané é mané.


1 de agosto de 2011

Leve Comparação entre: Ensaio Sobre a Dádiva - Marcel Mauss e Natureza e Cultura - Claude Lévi Strauss

Poucas pessoas puderam ler o Ensaio sobre a Dádiva sem sentir toda a gama das emoções tão bem descritas por Malebranche ao evocar sua primeira leitura de Descartes: o coração palpitando, a cabeça fervendo e o espírito invadido de uma certeza ainda indefinível, mas imperiosa, de assistir a um acontecimento decisivo da evolução científica. (Lévi-Strauss, introdução: 28)
            Não é difícil de associar o pensamento de Lévi-Satrauss, com o pensamento de Marcel Mauss, ainda mais quando se trata do ensaio sobre a dádiva. Pois sabemos que Lévi-Strauss foi um seguidor do pensamento de Mauss. Sendo assim, se pegarmos a teoria da troca, “da dádiva” de Mauss e relacionarmos com o artigo Natureza e Cultura de Lévi-Strauss, podemos perceber que uma visão complementa a outra. Visto que, a teoria da troca parte dos segmentos de dar, receber e retribuir, isto é, a adoção. Envolvendo-se assim o individuo social e o natural, ou seja, quando se tratamos do assusto polemico do incesto, percebemos que o ser cultural fala tão alto que o ser animal obedece ao padrão social existente. E é a partir desse pressuposto, que podemos interligar o sistema de troca com o ser natural e cultural, com isso  a proibição do incesto, causa uma influencia de interação social entre as famílias, isso quer dizer um sistema de troca.
            Na nossa sociedade, o casamento é realizado a partir da troca simbólica de anéis, que faz com que exista um laço imaginário entre as duas almas relacionadas. No entanto se formos pensar racionalmente percebemos que o padrão familiar existe exatamente a partir da troca, mas não só da troca simbólicas de anéis, também da troca de famílias, pois a interação que existe entre as famílias parte da base do respeito, do prestígio, coisas  são conquistadas ao longo do tempo, fazendo assim com que a união das famílias seja uma coisa sagrada. Isso faz com que o ser cultural ganhe espaço em cima do ser animal.
Portanto, acredito que tanto para Mauss como para Lévi-Strauss, o casamento seria uma explicação complementar para explicar a junção dos pensamentos. Visto que se o incesto não fosse negado diante das sociedades, levaríamos a uma desordem total. Isto é, o padrão existente da proibição do incesto, parte da união do casamento entre membros da mesma família, porém, sabemos que isso é abominado na nossa sociedade. No entanto, existem grupos sociais, como no caso citado por Ralph Linton que “observou-nos um dia que na genealogia de uma família nobre de Samoa, estudada por ele, em oito casamentos consecutivos entre irmão e irmã somente se refere a uma irmã mais moça, e que a opinião indígena tinha condenado como imoral.” (E. Amelineau, vol 6, 1895). Entretanto isso não está abolindo a proibição do incesto, já que isso só era entendido como um privilegio dos filhos primogênitos, e “além da mãe e da filha, a irmã mais moça continua sendo cônjuge proibida, ou pelo menos desaprovado.”( W. M. Flinders-Petrie, 1923, p. 110ss.)
Para finalizarmos, acho que ficou claro que é a partir da proibição universal do incesto que existe um sistema de troca que faz com que exista interação entre os clãs, fazendo com que as sociedades se desenvolvam, causando assim, um relacionamento entre todas as instituições religiosas, jurídicas, econômicas e etc. A troca é um sistema universal, não só pela necessidade, mas para um controle social. De afinidades, prestígios, respeitos e financeiros.  

Natureza e Cultura - Claude Lévi Strauss

            Lévi-Strauss ao escrever o artigo sobre Natureza e Cultura ele faz uma analise bastante esclarecedora ao se aprofundar na distinção entre estado de natureza e estado de sociedade. Ao fazer essa distinção, ele tenta mostrar a diferença entre o ser biológico e o ser cultural, ou seja, ao mesmo tempo em que o homem é um ser biológico que em determinadas situação reagem por instinto a partir do físico-biológico, ele também reage a partir do estimulo psicossocial, isto é, pelo peso cultural imposto pela sociedade em que ele participa. Mas, o autor deixa claro que essa distinção não é simples de se fazer, pois a partir do momento em que uma criança nasce ela está sendo introduzida da forma cultural que lhe arrodeia, sendo assim, influenciada a ter reações semelhantes a sociedade pertencente. Portanto, sabemos que alguns comportamentos são simplesmente naturais e independentes do âmbito social a que pertence:
“Porque permanece sempre aberta a questão, de saber a questão, de saber se a reação estudada está ausente por causa de sua origem cultural ou porque os mecanismos fisiológicos que condicionam seu aparecimento não se acham ainda montados, devido à precocidade da observação. O fato de uma criancinha não andar não poderia levar á conclusão da necessidade da aprendizagem, porque se sabe, ao contrário, que a criança anda espontaneamente desde que organicamente for capaz de fazê-lo.” (M. B. McGraw, 1944 )
              Podemos deixar claro que segundo o artigo “Natureza e Cultura, mesmo que uma criança cresça isoladamente de um âmbito social, não podemos considera-la como criança selvagem. Pois, como no exemplo de Voltaire, por mais que uma abelha esteja perdida de sua colmeia e não consiga voltar sozinha para ela, não podemos chama-la de uma abelha selvagem, porque ela não passa de uma abelha perdida.
“É impossível, portanto, esperar no homem a ilustração de tipos de comportamento de caráter pré-cultural. Será possível então tentar um caminho inverso e procurar atingir, nos níveis superiores da vida animal, atitudes e manifestações nas quais se possam reconhecer o esboço, os sinais precursores da cultura? Na aparência, é a oposição entre comportamento humano e o comportamento animal que fornece a mais notável ilustração da antinomia entre a cultura e a natureza.”  (P. Guillaume e I. Meyerson, vol. 27, 1930; vol. 28, 1931; vol. 31, 1934; vol. 34, 1938.)
           Um fato interessante a ser relatado é que podemos saber que a parte que mais se aproxima da nossa natureza, são os sentimentos, pois são através deles que agimos por instintos indeterminadas vezes. Acredito que seria como se agíssemos pelo irracional, visto que o racional é tudo que é imposto pelo patrão social. No entanto, como Lévi-strauss deixa claro, “nenhuma análise real permite apreender o ponto de passagem entre os fatos da natureza e os fatos da cultura, além do mecanismo da articulação deles”. Isso quer dizer que;
“É fácil reconhecer no universal o critério da natureza. Porque aquilo que é constante em todos os homens escapa necessariamente ao domínio dos costumes, das técnicas e das instituições pelas quais seus grupos se diferenciam e se opõem. Na falta de análise real, os dois critérios, o da norma e o da universalidade, oferecem o principio de uma análise ideal, que pode permitir – ao menos em certos casos e em certos limites - isolar os elementos naturais dos elementos culturais que intervêm nas sínteses de ordem mais complexa. Estabeleçamos, pois, que tudo quanto é universal no homem depende da ordem da natureza e se caracteriza pela espontaneidade, e que tudo quanto está ligado a uma norma pertence à cultura apresenta os atributos do relativo e do particular.” (Cf. A.L. Kroeber. Vol. 45, n. 3, 1939, p. 448.)
Lévi-Strauss, mas na frente do artigo vai abordar a questão que ele considera primordial para toda as sociedade, universalizado a questão do incesto. Pois, ele vai afirmar que em todo âmbito social, existe uma regra determinante para o incesto. Sendo assim universalizada. Lévi-Strauss, trata esse assunto como primordial para todas as sociedades, onde é a partir daí que gera uma socialização entre os grupos sociais. Isto é, uma regra necessária para a troca e com isso o desenvolvimento de toda e qualquer sociedade. O autor vai abordar que não se trata apenas da proibição do incesto, partindo da lógica que em todo grupo social, vá existir alguma forma de proibição de casamento.
            Na nossa sociedade a proibição do incesto é sempre relacionada ao sagrado, porém ao longo dos anos essa proibição vem taxada também pela influencia cientifica, onde, afirma que relacionamentos de incestos causam deformação congênita, no entanto, essa proibição não é algo falado, porque não é necessário saber "o por quê?", “Esta proibição não existe...; ninguém pensa em proibi-la. É alguma coisa que não acontece. Ou, se por impossível isso acontece, seria alguma coisa inaudita, um monstrum, uma transgressão que espalha o horror e pavor.” (L. Lèvy-Bruhl, Paris 1981, p. 247.)