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2 de agosto de 2011

Os EUA têm histórico esquecido de calotes.

           A política brasileira está mal vista pelo mundo a fora por culpa das sequências de escândalos de corrupções que os nossos políticos vieram se envolvendo nos últimos anos. Mas o que mal a gente sabe é que não é só no Brasil que existem a famosa "malandragem", como na musica Homenagem ao Malando de Chico Buarque ressalta; "Agora já não é normal, o que dá de malandro, regular profissional, malandro com o aparato de malandro oficial, malandro candidato a malandro federal, malandro com retrato na coluna social; malandro com contrato, com gravata e capital, que nunca se dá mal." A mídia brasileira sempre foi uma pedra no sapato dos cidadãos civis, nunca mostrando a realidade em que nós realmente nos encontramos, assim foi na ditadura e assim é nos nosso dias de hoje. E isso me lembra outra musica também muito conhecida de Bezerra da Silva, onde ele fala; "Malandro é o cara que sabe das coisas. Malandro é aquele que sabe o que quer. Malandro é o cara que tá com dinheiro e não se compara, com um Zé Mané. Malandro de fato é um cara maneiro que não se amarra em uma só mulher... E malandro é malandro, mané é mané". Esse é o retrato resumido em que nós vivemos.
           Crescemos vendo que os Estados Unidos sempre viveu em uma realidade bem diferente da nossa, enquanto na verdade os EUA têm um histórico recheado e esquecidos calotes. "Se ocorrer, default americano não será inédito; para a decepção dos catastrofistas, o mundo não acabará dessa vez" é essa notícia que todos os jornais do mundo estão publicando. Mas por que estão falando isso? 
          "Esse histórico esquecido de calotes norte-americanos começou em 1790. O país, ainda imberbe, tinha proclamado sua Constituição menos de três anos antes disso quando o recém-formado governo federal reestruturou os pagamentos dos bônus emitidos pelos Estados para financiar a guerra pela independência da Inglaterra. E foi um calote em obrigações internas e externas. “Os juros nominais foram mantidos em 6%, mas uma parte dos juros foi postergada por dez anos”, relatam Carmen Reinhart e Kenneth Rogoff em “The forgotten history of domestic debt” (A história esquecida da dívida doméstica), trabalho feito para a National Bureau of Economic Research, entidade privada de pesquisa de temas econômicos criada há quase 100 anos.  A lista de defaults ganhou novo item em 1933, o primeiro ano de Franklin Delano Roosevelt na presidência dos EUA. As finanças do governo ainda tinham uma ligação íntima com o ouro – e isso era particularmente verdade no caso dos bônus emitidos para financiar a participação norte-americana na Primeira Guerra Mundial. Esses papéis tinham uma cláusula que permitia a seus detentores optar por receber o pagamento em moedas feitas do metal precioso.
          Mas como aqueles eram os dias da Grande Depressão, o governo, com a anuência do Congresso, desvalorizou o dólar e, no dia 5 de junho daquele ano, também decidiu que a cláusula do ouro não era mais válida. Como o metal era uma garantia contra a desvalorização da moeda, e como, com aquele ato, ele não seria mais usado pelo governo para honrar seus débitos, na prática, a desvalorização da moeda faria com que os detentores dos bônus recebessem menos dinheiro por esses documentos do que eles efetivamente valiam. Ações na Justiça contra a decisão chegaram à Suprema Corte, que, por cinco votos a quatro, ratificou a medida do governo. Estava decretada a moratória.  
         O ano de 1979 teve um quase-calote. A exemplo do que ocorre hoje, o Congresso demorou para votar a elevação do teto da dívida para US$ 830 bilhões. A proposta foi aprovada, mas não a tempo de o governo emitir cheques para todos os seus credores. Com isso, foram adiados os pagamentos que totalizavam US$ 122 milhões a investidores com títulos que venceriam em 26 de abril, 3 e 10 de maio daquele ano. O episódio foi considerado pelo Tesouro dos EUA não um calote (ainda que momentâneo), mas um problema técnico."
        Houve ainda ocasiões em que Estados dos EUA deram calote. Entre 1841 e 1842, nove deles o fizeram. Depois, entre 1873 e 1884, nos recessivos anos pós-Guerra Civil, foram dez os caloteiros. No caso de West Virginia, um dos dez dessa lista, a liquidação das obrigações só ocorreria em 1919."  (fonte: http://economia.ig.com.br/os+eua+tem+historico+esquecido+de+calotes/n1597105874725.html)
           Mas o mundo não acabará dessa vez. Se o Congresso não chegar a um consenso sobre a elevação do limite da dívida do país (atualmente de US$ 14,29 trilhões) até o dia 2 de agosto – e, assim, o calote for confirmado –, os EUA, que têm déficit orçamentário de US$ 1,5 trilhão, suspenderão o pagamento de suas obrigações. Os políticos têm alardeado o ineditismo dessa decisão e os mercados financeiros estão tensos com as consequências imprevisíveis, mas, em outras ocasiões, o default já ocorreu – e a vida seguiu.
             É assim que nossos dias se tornam melhor? A, isso é um absurdo, enquanto os grandes elefantes brigam, as formiguinhas correm para entrar nos seus buracos. É esse o mundo capitalista em que vivemos, afinal "malandro é malandro, mané é mané.


3 comentários:

  1. Interessante postagem , Bem bacana.
    http://espacoxboxbr.blogspot.com/

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  2. pois é, meu caro, malandragem ñ é carcater só do verde e amarelo e sim de todas as cores


    [b]quer ganhar um seguidor?
    me segue, que eu te sigo!
    http://diariodagarotadevariasfaces.blogspot.com/

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  3. Você escreve bem sobre um assunto que causa tanto desânimo nas pessoas.... eu tenho uma preguiça de politica... Parabéns!!! bem legal!

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