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29 de outubro de 2010
Fé
28 de outubro de 2010
Amor
Pense-se no amor romântico, por exemplo. Não pode ele ser visto como ilusões da nossa mente, como resultado de instintos que levam os apaixonados a transformar seres banais em princesas e príncipes encantados, antes de voltarem a cair na realidade?
Do mesmo modo, e quanto aos outros nossos amores, não serão eles basicamente ilhas privadas, coisas que a morte apaga e leva consigo. E quanto à nossa vida colectiva, não é verdade que nela manda sobretudo a competição e os egoísmos, ou a lei do lucro, e não propriamente o amor?
É. Em certa perspectiva é possível reduzir o amor a unidades insignificantes. Ou, se quisermos, a bytes, bytes, e mais bytes.
Mas há outro ângulo: sem amor, o que seriam as nossas vidas? Qual o seu sentido? Sem os espaços de amizade, sem vivências de amor, valeria a pena estar vivo?
E a conclusão é unânime: as nossas vidas são indissociáveis dos nossos amores. Sem o amor não seríamos humanos e a sociedade ruiria. Sem os sentimentos ligados ao amor - actos de bondade, generosidade, simpatia - a sociedade seria uma selva inabitada, e nós simples máquinas.
Do mesmo modo, se tudo fosse regulado pelo lucro e pelos nossos interesses, o que seria das nossas sociedades, elas que já têm tanta miséria e tanto conflito?
Afinal, o amor é muito. Não é tudo na vida, mas está longe de ser apenas bytes, bytes e mais bytes.
Quando amamos algo ou alguém mantemos o equilibrio interior.
É importante fazer algo com amor,não importa como será feito o importante é fazer com carinho.
Outros sentimentos como o respeito,a paciência,a tolerância,a dignidade e a cumplicidade são construidos através do amor.
Você próprio constrói sua vida,você mesmo ergue o alicerce do seu caminho,por isso pense antes de agir para que outras pessoas não se machuquem.
Faça de sua vida uma verdade,na qual você se orgulhe no futuro.
E que mais adiante você reflita e pense o quanto você foi importante ao longo de sua vida,e que pessoas te amaram e te respeitaram.
Com tudo seja você mesmo...Construa o seu caminho..."
27 de outubro de 2010
SORRIA!
O Poder do SORRISO.
Um simples movimento de lábios pode mudar sua vida.
De origem genética, o sorriso funciona como uma assinatura pessoal e intransmissível, porém muda ao longo da vida e esconde alguns mistérios.
Há muitos pesquisadores, dentre quais psicólogos, que se dedicam a estudar e compreender os mecanismos que dão vida ao nosso rosto e desvendar os segredos dos traços e emoções. Um deles é Freitas-Magalhães, doutor em psicologia, português que se dedica ao estudo da expressão facial há mais de 20 anos. Ele explica que o sorriso é identificado por dois aspectos essenciais: estrutura e funcionalidade. A primeira diz respeito ao conjunto de músculos necessário para a exibição do sorriso no rosto, a segunda à construção cerebral e à utilidade neuropsicológica prática do sorriso.
Existem três tipos de sorriso: o fechado, o superior e o largo, em contraste com a face neutra. No sorriso largo os lábios estão separados, há elevação das comissuras labiais e exibição das fileiras dentárias. O rosto apresenta alterações fisiológicas significativas e movimento dos músculos. No sorriso superior também temos os lábios separados e a elevação das comissuras labiais, mas exibe-se apenas a fileira dentária superior e o rosto sofre alterações mas o movimento é menos intenso. No sorriso fechado temos os lábios juntos, elevação das comissuras labiais sem exibição dentária, o rosto não apresenta alterações significativas e o movimento muscular é reduzido.
O sorriso é inato. Por exemplo, os cegos de nascença nunca viram um sorriso e conseguem sorrir. Recentemente com o auxílio da ecografia tridimensional já é possível verificar o sorriso do feto. Não é pacífica, ainda, a explicação da função daquele sorriso.
Quanto à alimentação e o sono, o sorriso tem uma função biopsicológica essencial. Já imaginou se o bebê apenas chorasse? Os pais iriam pensar que estava sempre em desconforto.
É pelo sorriso que se cria um processo de vinculação e de recompensas interpessoais. O bebê, mais do que ninguém, sabe tirar proveito da exibição do sorriso.
O que pode condicionar a expressão de um sorriso?
O gênero, a idade e o contexto social. Por exemplo, as mulheres sorriem mais frequente e intensamente do que os homens; o sorriso é mais comum e intenso na idade reprodutiva e o contexto social pode inibir a exibição do sorriso.
Em determinados contextos põe-se no rosto um determinado sorriso, nem sempre o mais adequado.
O ato de sorrir pode contribuir para nos sentirmos mais felizes.
O sorriso pode ajudar na recuperação de pessoas depressivas. O contato com imagens positivas, como por exemplo o sorriso superior e largo, potencializa o fortalecimento de pensamentos positivos.
A que sinais devemos estar atentos para distinguir um sorriso autêntico?
Em primeiro lugar, não é preciso estar atento. O córtex cerebral é exímio e, ao primeiro contato, detecta logo que o sorriso não é congruente.
Por outro lado, há aspectos que identificam claramente as diferenças entre um sorriso falso e um verdadeiro: a assimetria do rosto, os defeitos electromiográficos (da atividade neuromuscular), o sistema de exibição tipo «pisca-pisca», a ausência das chamadas ruguinhas junto aos olhos, ou, as incongruências no orbicularis oculi (movimento de elevação da bochecha e de enrugar a pele em torno dos olhos) e do intradiscurso (o que está a ser dito).
Diferenças no gênero do sorriso
O sorriso não é um exclusivo feminino, mas é imanente à mulher. A mulher sorri mais frequente e intensamente, embora, em inúmeras vezes o faça mais em tensão do que em descontração.
A sociedade exige que a mulher seja agradável, daí a exibição do sorriso como sinal dessa conduta.
Diferenças entre o sorriso feminino e o masculino
A mulher utiliza-o mais como argumento de sedução, enquanto o homem o faz para delimitar o seu desejo de dominação. Por outro lado, a mulher é mais espontânea enquanto o homem é mais racional na exibição do sorriso.
Um rosto pode exibir mais de dez mil expressões.
As mais frequentes são as emoções básicas (alegria, tristeza, cólera, medo, desprezo e aversão) porque são o reflexo do que fomos, somos e seremos.
Que emoções são difíceis ou mesmo impossíveis de ocultar?
Todas. Quando mais se tenta ocultar, mais se revela. Há movimentos musculares que estão fora do controlo voluntário.
A nossa expressão facial pode mudar ao longo da vida?
Pode e muda. O rosto é o palco da nossa vida. Até naquelas pessoas que mostram aparentemente quase sempre a mesma expressão, tal não passa disso mesmo (aparência). Enquanto se vive o rosto é o espelho desse movimento.
Ao longo de 20 anos de pesquisa sobre as emoções o que mais o surpreendeu?
Por exemplo, constatar cientificamente que a identificação e o reconhecimento das emoções básicas são moderados pela inteligência. Continuo a ser surpreendido, todos os dias.
O que achei mais interessante sobre esse cara [e que cara!] foi o desenvolvimento do Psy7Faces, uma plataforma que detecta incongruências faciais, criada através do Laboratório de Expressao Facial da Emoção fundado e dirigido por ele.
Segundo afirma, a análise da expressão facial da emoção deve ser utilizada pela investigação criminal, utilizando, por exemplo, a electroencefalografia, a ressonância magnética e a visualização ocular.
A aplicação de instrumentos científicos, como o FACS (Facial Action Coding System) de Paul Ekman, devia ser adotada na investigação criminal. Defende, há muitos anos, que os interrogatórios judiciais deviam ser gravados em vídeo para se analisar o que não é dito. Para isso, seria necessária uma revisão do Código Penal português.
O Psy7Faces, a plataforma informática para detectar incongruências emocionais que está em desenvolvimento no Laboratório de Expressão Facial da Emoção, será um marco na investigação criminal.
Publicou vários livros, como «A Psicologia do Sorriso Humano» e «A Psicologia das Emoções: O Fascínio do Rosto Humano» (edições Universidade Fernando Pessoa).
Fonte: SaberViver